quinta-feira, 29 de abril de 2010

Outro segredo: conhecer cada vez melhor o inimigo e se preparar para a guerra

Claro que nenhuma guerra pode ser ganha apenas com os prazeres dos sentidos: visão, paladar, olfato e tato; temperados com o tempero da curiosidade pelo diferente.
São armas importantes, mas são apenas armas.

O inimigo: a obesidade.
Sua natureza: síndrome metabólica pouco conhecida, de causa ignorada. Fator de preocupação da OMC.
Camuflagem da obsidade: a insegurança proveniente da sensação de impotência, incapacidade e, o que pior, de culpa.

Na guerra qualquer estratégia está fundamentada no reconhecimento do campo do inimigo, ou seja o alvo.

Para atingir e detonar a culpa:
Acreditar que é preciso se defender,  que todos o merecem  e que ninguém tem culpa da própria besidade. (Ouvi isso, pela primeira vez, de um médico e quase chorei. Nunca tinha pensado nisso. Nunca tinha pensando que tinha direito de tomar providências, por que a culpa me condenava de antemão, e todas as vezes que tomei providência, acreditei que eu seria salva por alguma mágica).

Reconhcer que uma das formas da obsidade se instalar e ficar é o círculo vicioso entre culpa, ansiedade e compulsão.

O que fazer diante de uma síndrome metabólica?
Utilizar os recursos provenientes dos conhecimentos sobre isso, além da própria sensibilidade. Só é possível se não sentirmos culpa e, portanto, reconhecermos que somos frágeis diante da dita síndrome e que temos direito a ajuda e a conhecer mais e mais sobre o assunto e sobre nosso comportamento.

Os conhecimentos teóricos sobre isso, até onde eu sei, estão ligados à nutrologia e aos testes já confiáveis sobre a reação alérgica provocada por vários alimentos. Lembro-me de ter ouvido um tio meu, também obeso, contar sobre a existência de alguns testes que começavam a ser realizados nos Estados Unidos para detectar se o indivíduo tinha alguma reação ao milho ou a farinha que favorecesse o ganho de peso. Isso foi há uns 23 anos atrás. O teste que eu fiz, em 2005, cobria mais ou menos 50 alimentos.

E isso é só o começo. É reconhecer que a guerra está instalada. Mas e, como vencê-la?

Em primeiro lugar:  atacar o círculo vicioso culpa - ansiedade - compulsão.

Comecei pela compulsão: investi no suco de limão em jejum antes do café da manhã e nos caldinhos. Era pouco, ainda. A compulsão diminuia, mas o medo da recaída era imenso. Não queria ver outras comidas, nem imaginava que seria possível comer fora da minha casa... Estava pronta a próxima derrota.

Investi no anseolítico fitoterápico para atacar a ansiedade: extrato de passiflora. (primeiro todos os dias, agora só quando preciso sair de casa e vou encontrar alguma situação propícia para eu abandor minhas novas regras, ou estilo).  Venci a batalha, todas as vezes que o inimigo apareceu.(Quando for derrotada, ser for. prometo contar também).

Investi em um alimento que anula a compulsão: a canela. (Irei investigar por que isso ocorre)
Daí as várias receitas com canela que tenho tentado criar. Não tenho deixado  espaço para culpa.

Por enquanto é isso.

Um comentário:

  1. Terê...
    Pensei muito em sua reflexão sobre a síndrome metabólica.
    Refleti...encontrei alento. Mais...força pra buscar o caminho da mudança.
    Ganhei muito peso nos últimos tempos.Ando muito sedentária.
    Ontem...recusei a pizza do jantar.Tomei 2 colheres da "ração humana" com coalhada desnatada.
    Hoje...andei na praça.Há muito não caminhava.
    Estou bem contentinha...
    Ah !!!!! Por conta do vitiligo, que tem um forte componente emocional, também estou tomando a passiflora...
    Pressinto que serei uma fiel seguidora do blog...

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